Fala, pessoal! Faz um tempinho que não escrevo nada por aqui, não é? Mas depois do jogo de ontem, não tinha como deixar passar em branco.
Emocionante. Apenas essa palavra é suficiente para definir a noite de quarta feira para o torcedor são-paulino. Na Libertadores a torcida é diferente. O clima é diferente. Para quem, como eu, costuma frequentar o Morumbi em todas as competições, essa diferença é muita.
O ingresso é caro, o Morumbi é longe, o jogo é tarde. Mesmo assim, mais de 50 mil pessoas encheram o estádio, esperando um time do São Paulo diferente do que jogou até aqui na Libertadores. A situação era dificílima. Precisava vencer o Atlético-MG, time que apresentou o melhor futebol das Américas neste ano, e ainda torcer pela vitória do Arsenal (Arg) sobre o The Strongest (Bol).
Para completar, o São Paulo não poderia contar com Maicon (machucado), Luis Fabiano e Jadson (suspensos). O time entrou em campo no 4-4-2, com Douglas no lugar de Jadson, e Aloísio ocupando a vaga do camisa 9. Os volantes foram Wellington e Denílson, que estavam devendo boas apresentações nesse ano.
Tudo funcionou para o Tricolor. Na metade da primeira etapa, a torcida comemorou o primeiro gol do Arsenal. Enquanto isso, o São Paulo fazia uma partidaça no Morumbi. A marcação estava perfeita. O Atlético mal pegava na bola e, quando pegava, era prontamente desarmado. O time visitante passou, então, a recorrer a chutões buscando Jô, para tentar fazer o pivô. Também não funcionou.
O único defeito do São Paulo no primeiro tempo foi a falta de chutes ao gol. A marcação funcionava, o time tinha muita posse de bola, mas não conseguia arrematar. Ao final da primeira etapa, o time que estava se classificando era o Arsenal.
No segundo tempo, a mesma pegada. Em uma ótima roubada de bola, Osvaldo avançou pela direita e lançou Aloísio, que foi puxado por Leonardo Silva dentro da área. Pênalti. Engraçado como esse pênalti foi visto mais facilmente das arquibancadas do que pelas câmeras. De onde eu estava no estádio, vi perfeitamente o puxão. Leonardo Silva ainda deveria ter sido expulso, já que era uma chance "clara e manifesta" de gol. A regra é clara.
Pênalti é com o M1to, e aí não tem para ninguém. É gol do Tricolor e festa nas arquibancadas.
Cuca, técnico do Galo, mexeu no time, para tentar buscar o empate. Mas o que aconteceu foi que, as alterações não surtiram efeitos ofensivos, e o time ficou mais vulnerável na defesa. Foi aí que mais apareceu Paulo Henrique Ganso.
O camisa 8 já fazia uma boa partida, mas, com as alterações do adversário, passou a ter mais espaço e aí fez o que faz de melhor. Toques rápidos e precisos, e lançamentos sensacionais, segurando a bola quando preciso.
E foi assim que o São Paulo matou o jogo. Ganso prendeu a bola pelo meio, lançou para Osvaldo. O camisa 17 rolou no meio da área para Ademílson empurrar para o fundo das redes. Resultado mais do que justo, e classificação assegurada pela vitória do Arsenal por 2x1.
Deixaram chegar, agora aquentem!
Destaques: Impossível citar apenas alguns. O time do São Paulo fez uma partida sensacional.
Desastres: Não ia citar ninguém, até ver a entrevista de Ronaldinho Gaúcho. Não viu a bola no Morumbi, e ainda mexeu com o brio dos jogadores tricolores. Mal no jogo, pior ainda nas entrevistas. Vai motivar ainda mais o adversário.